segunda-feira, 25 de março de 2013

Candidíase: Saiba como se previnir

Como aparece

A infecção é causada por um fungo (na maioria das vezes, a Candida albicans) e deixa a área afetada inflamada. Apesar de geralmente atingir a região genital feminina, não é transmitida exclusivamente por relações sexuais, mas por qualquer tipo de contato. "Ela nem é considerada uma DST. O fungo é oportunista e o desenvolvimento depende das condições de defesa do hospedeiro. Ele pode inclusive habitar o trato digestivo, principalmente o intestino, e contaminar a área genital, que tem calor e umidade e é o ambiente ideal para que o fungo se prolifere quando a imunidade está baixa", afirma o ginecologista Edílson Ogeda, do Hospital Samaritano de São Paulo. A boca também é um dos locais onde a doença se manifesta. "É o sapinho que surge nos bebês".

Além da coceira, ardor e secreção

O sintoma mais comum da doença é a coceira, mas é importante ficar atenta também para o ardor vulvovaginal e o inchaço da região. "Há ainda um corrimento esbranquiçado, grumoso e inodoro, com aspecto de leite talhado", diz o ginecologista especializado em reprodução humana Marcello Valle, da Clínica Origen, no Rio de Janeiro. Outra consequência bem chatinha é a dor durante as relações sexuais e ao urinar. Para passar bem longe da candidíase, a principal dica dos ginecologistas é usar somente roupas íntimas de algodão. Isso porque outros tecidos podem manter a região vaginal úmida e quente, facilitando o desenvolvimento dos fungos. Por isso, também é recomendado dormir sem calcinha, não usar absorvente íntimo diário e evitar roupas muito justas. Durante o banho, lave a região apenas com sabonete de pH neutro. "É importante ainda identificar fatores predisponentes, como pílulas com grande concentração de estrogênio e diabetes descompensado", completa Valle.

Diagnóstico correto

A boa notícia é que, na grande maioria das vezes, a candidíase não traz consequências mais sérias. Mas, além do incômodo e do fato de ela poder facilitar infecções por outros agentes, é importante procurar seu médico o mais rápido possível por outro motivo. Apesar de assintomática na maioria dos casos, outra doença, chamada clamídia, também pode ter sintomas como coceira e corrimento. Uma das DSTs mais comuns, a clamídia é causada por uma bactéria e pode até levar à infertilidade se não tratada.

Tratamento sem mistérios

Se a candidíase é incômoda, eliminá-la não tem nada de complicado. Ainda bem! "O tratamento é bem tranquilo e fácil de ser realizado". "Na maioria dos casos, usa-se um creme vaginal e um comprimido via oral para o casal, quando se tem vida sexual ativa." Afinal, se você foi contaminada, provavelmente seu parceiro também foi.

Corrimento ou secreção natural? Entenda a diferença!

Conheça as principais diferenças existentes entre corrimento e secreção natural que aparece na calcinha e aprenda a realizar a higiene íntima corretamente

Publicado em 29/11/2011
Reportagem: Marina Lucchesi - Edição: MdeMulher
Conteúdo ANAMARIA

Não use duchas vaginais. Lave bem a vagina, mas apenas na área externa!
É normal não estar o tempo todo com a calcinha seca. Mas fique atenta. Segundo a ginecologista Lorena Magalhães, mudanças na cor ou no cheiro da secreção vaginal ou dores podem ser sinal de problema de saúde. E, nesses casos, é preciso procurar o médico imediatamente.


A secreção natural

 

· É doença? Não, toda mulher tem secreções normais que deixam a vagina naturalmente úmida.

· Precisa de tratamento? Não.

· Existe uma época que pode ser mais intensa? Sim. No meio do ciclo menstrual, um pouco antes e logo após a menstruação.

· Coça? Não.

· Arde? Não.

· Dói durante o sexo? Não.

· O cheiro é muito forte? Não. Toda secreção tem um cheiro natural, que varia de mulher para mulher, mas não chega a incomodar.

· Qual é a aparência? Branca ou transparente, fluida ou similar à clara de ovo crua.

O corrimento

 

· É doença? Não. Mas é um indicador de doenças que podem ser sexualmente transmissíveis (ou não), como a candidíase.

· Precisa de tratamento? Sim, com medicamentos. O homem com quem você se relaciona precisa ser medicado também.

· Existe uma época que pode ser mais intensa? O seu organismo manifesta os sintomas de alguma doença com o corrimento.

· Coça? Sim.

· Arde? Sim.

· Dói durante o sexo? Sim.

· O cheiro é muito forte? Sim, e chega a incomodar.

· Qual é a aparência? Branca, amarela ou esverdeada.

A higiene íntima correta

 

Como fazer a higienização?
Use um sabonete neutro, lave bem entre os grandes e os pequenos lábios da vagina e depois enxágue.

É necessário usar algum sabonete específico?
Pode ser uma alternativa. Nem toda mulher se adapta aos produtos feitos para higiene íntima, mas hoje, no mercado, há diversas opções. Use-o apenas externamente - nada de tentar lavar o canal vaginal, porque isso levará as bactérias para dentro.

Devo usar absorventes diários?
Não. O absorvente diário serve apenas para abafar ainda mais uma área que já é bem propícia ao acúmulo de bactérias.

Há algum cuidado especial para o período menstrual?
Não, mas é natural que as mulheres sintam necessidade de se lavar com mais frequência, ou sempre que trocam o absorvente.

No verão aumentam as chances de ter candidíase

Problemas de saúde podem surgir devido aos hábitos da estação

Sol, calor, praia, piscina, biquíni. Esse pode ser o cenário dos sonhos de todas as mulheres, mas o que parece perfeito também pode se tornar um perigo para a saúde íntima. Isso porque alguns hábitos durante a estação mais quente do ano podem favorecer o surgimento de doenças como a candidíase.
O problema acontece por um fungo que acaba infeccionando a região vaginal e deixando a área inflamada, causando uma espécie de corrimento com líquido esbranquiçado. “Esse fungo habita naturalmente a vagina, mas pode se tornar patogênico dependendo das condições a que for exposto. No verão as mulheres usam biquínis e geralmente ficam com ele molhado por muito tempo. Esse ambiente úmido é o ideal para a proliferação de fungos e bactérias”, alerta o ginecologista Domingos Mantelli Borges Filho.
Para evitar o problema é preciso evitar as roupas molhadas. Opte por levar um biquíni extra para usar depois do banho de mar ou de piscina. Outro cuidado necessário para evitar o aparecimento da candidíase é usar calcinhas de algodão, deixando de lado os tecidos sintéticos.

Mais cuidados


Estar em constante contato com a água salgada ou com cloro ainda pode alterar o PH da região genital. Por isso é preciso ter muita atenção durante o verão! O especialista indica que, ao sair da água, as mulheres tomem banho e usem produtos adequados para equilibrar o PH. “É importante que não se use o sabonete convencional. Ideais são os de PH neutro ou até mesmo os dedicados à higiene íntima”.

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